Roteiro de Oração e formação - Evangelii Gaudium:
Segundo Capítulo - Na Crise do Compromisso comunitário
Primeiro Momento: Sombras
O que nos causa medo, insegurança? O que
nos deixa inconformados?
Ambiente: Se possível em um jardim, preparar o
candelabro para sete velas, o círio pascal, a Bíblia, recortes de jornal e
revista que tenham a ver com as situações de medo, insegurança, inquietação na
sociedade, sete velas cobertas com cada uma das inquietações impressa em uma
folha: medos e desafios, Vida precária, economia de exclusão, cultura do
descartável, desigualdade que gera violência, desafios culturais e culturas
urbanas.
Inicia-se este momento com todos em volta
do candelabro, do círio e da Bíblia..
Todos: Em Nome do Pai e do Filho, em
Nome do Espírito Santo. Amém.
Animador: Hoje nos reunimos para refletir sobre a Exortação
apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco. Neste momento de oração e
reflexão somos convidados a termos o olhar do discípulo e Missionário que se
nutre da luz e da força do Espírito Santo.
Todos: Vem
Espírito Santo, vem. Vem iluminar. (bis)
Leitor 1: Como Discípulos e Missionários precisamos ter os olhos
e ouvidos atentos, vigilantes para perceber os sinais dos tempos. Pedir sempre
ao Pai a capacidade de perceber ao nosso redor os frutos do Reino e também as
situações que atentam contra o Reino de Deus.
Todos: Vem
Espírito Santo, vem. Vem iluminar. (bis)
Leitor 2: Na nossa vida cotidiana há sempre aspectos da
realidade que podem deter ou enfraquecer os dinamismos de renovação missionária
da Igreja.
Todos: Vem
Espírito Santo, vem. Vem iluminar. (bis)
Leitor 3: Tais aspectos da realidade afetam a vida e a dignidade
do povo de Deus ou incidem sobre os sujeitos que mais diretamente participam
nas instituições eclesiais e nas tarefas de evangelização.
Todos: Vem
Espírito Santo, vem. Vem iluminar. (bis)
Animador: Na confiança de que Deus caminha conosco para que
possamos suportar as provações e vencer os desafios invoquemos a presença do
Divino Espírito:
Todos: Vinde
Espírito Santo, Enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do
vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da
terra. // Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz
do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o
mesmo Espírito e gozemos da sua consolação.Por Cristo Senhor Nosso. Amém
(Iniciando esta
parte alguém fica responsável de recolher a vela que está sob a folha com o
título da inquietação, acendê-la no Círio Pascal e colocar no candelabro.)
1. Medos e
desafios
Animador: O Papa Francisco nos lembra que, nestes últimos tempos
o medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas.
Leitor 1: Quantas pessoas ao nosso redor vivem entristecidas
abatidas pelas adversidades que enfrentam no dia a dia. Com isso a alegria de
viver frequentemente se desvanece.
Leitor 2: Além da luta pela sobrevivência todos tem de enfrentar
o crescimento da falta de respeito e da violência. Tudo isso pressionado pela
desigualdade social que torna-se cada vez mais patente.
Leitor 3: Como seguidores de Cristo devemos nos perguntar como
temos enfrentado os medos e desafios à nossa volta e principalmente como temos
feito para socorrer nossos irmãos e irmãs que sofrem, andam amedrontados e sem
esperança.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “medos
e desafios”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
2. Vida
precária
Animador: A vida torna-se cada vez mais precária. É preciso
lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade.
Leitor 1: Quantas pessoas consomem sua vida na busca da simples
subsistência. Homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia
precariamente.
Leitor 2: Além dos desafios para manter a vida, observamos o
aumento das doenças e a grande dificuldade de encontrar um tratamento eficaz e
humanizado.
Leitor 3: No seguimento de Jesus a vida precária de tantos
irmãos nos questiona deve nos deixar inquietos, e nos levar a ações concretas
de mobilização para que todos tenham direito a uma vida digna.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “vida
precária”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
3. Economia
de exclusão
Animador: O Papa Francisco nos alerta que a economia da exclusão
e da desigualdade social mata. São grandes massas sem trabalho, sem
perspectivas, num beco sem saída.
Leitor 1: Já se provou como errada a idéia de que o crescimento econômico, favorecido pelo
livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social
no mundo.
Leitor 2: Vamos aos poucos perdendo a capacidade de nos
compadecer ao ouvir os clamores ao ver drama dos outros. Agimos como se tudo
fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe.
Leitor 3: A cultura do bem-estar anestesia-nos, enquanto todas
estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo
que não nos incomoda de forma alguma.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “economia
de exclusão”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
4. Cultura
do Descartável
Animador: Acostumados a descartar e a comprar coisas novas
passamos a aplicar isso às pessoas e às relações que temos com elas.
Leitor 1: O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem
de consumo que se pode usar e depois lançar fora.
Leitor 2: Quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder está
fora da sociedade. Já não é considerado nem como alguém a ser explorado, pois,
já não faz parte, está descartado.
Leitor 3: Assim, os excluídos não são «explorados», mas
resíduos, «sobras». Como discípulos de Jesus nossa grande missão é proclamar a
dignidade de todos, sem nos conformarmos com o que está a nossa volta.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “Cultura
do descartável”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
5. Desigualdade
que gera violência
Animador: Enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade
dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível fazer cessar a violência.
Leitor 1 O sistema social e econômico é injusto na sua raiz.
Para este sistema o que importa é o lucro e as pessoas são importantes apenas
enquanto servem ao mesmo sistema.
Leitor 2: Os mecanismos da economia atual promovem uma
exacerbação do consumo. O consumismo desenfreado, aliado à desigualdade social,
é duplamente daninho para o tecido social.
Leitor 3: O sistema é tão forte que se instala em todas as
pessoas, inclusive aquelas que estão às margens dele. É a necessidade de
adequar-se ao sistema, tornar-se alguém que consome que mantém a vilência.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “Desigualdade
que gera violência”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
6. Desafios
Culturais
Animador: Em muitos lugares temos notícias dos ataques à
liberdade religiosa e novas situações de perseguição aos cristãos.
Leitor 1: Por outro lado, existe uma generalizada indiferença
relativista, relacionada com a desilusão e a crise das ideologias que se
verificou como reação a tudo o que pareça totalitário.
Leitor 2: Cada um pretende ser portador duma verdade subjetiva
própria, torna-se difícil que os cidadãos queiram inserir-se num projeto comum.
Ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, rápido,
superficial, provisório.
Leitor 3: O processo de secularização tende a reduzir a fé e a
Igreja ao âmbito privado e íntimo. Vemos a proliferação de novos movimentos
religiosos, alguns tendentes ao fundamentalismo e outros que parecem propor uma
espiritualidade sem Deus.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “Desafios
Culturais”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
7. Culturas
Urbanas
Animador: A nova Jerusalém, a cidade santa (cf. Ap 21, 2-4), é a
meta para onde peregrina toda a humanidade. É interessante que a revelação nos
diga que a plenitude da humanidade e da história se realiza numa cidade.
Leitor 1: Precisamos identificar a cidade a partir dum olhar
contemplativo, isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas
casas, nas suas ruas, nas suas praças.
Leitor 2: Na cidade, o elemento religioso é mediado por
diferentes estilos de vida, por costumes ligados a um sentido do tempo, do
território e das relações que difere do estilo das populações rurais.
Leitor 3: A Igreja é chamada a ser servidora dum diálogo
difícil. Ambivalência permanente, porque, ao mesmo tempo que oferece aos seus
habitantes infinitas possibilidades, interpõe também numerosas dificuldades ao
pleno desenvolvimento da vida de muitos.
(Alguém toma a vela que está sob a folha “Culturas
Urbanas”, acende-a no círio)
Todos: (cantando): Vence a
tristeza enxuga o pranto Oh meu povo, vem cantar um canto novo o Deus da vida
aqui está! (bis)
Animador: Vamos encerrar este primeiro momento ouvindo a Palavra
de Deus, Jesus que, na sua ressurreição, afasta as trevas e os sinais de morte
e o medo de seus discípulos.
Todos: Aleluia, alegria minha gente.
Aleluia, aleluia.
O Senhor ressuscitou, minha gente. Ele
está vivo em nosso meio Aleluia.
Leitura
do Evangelho de João
(João
20, 1, 11-18)
Leitor 4: No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao
túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro. Ela viu que a
pedra tinha sido retirada do túmulo.
Maria tinha ficado fora, chorando junto ao túmulo. Enquanto ainda
chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. Viu então dois anjos vestidos de branco, sentados
onde o corpo de Jesus tinha sido colocado, um na cabeceira e outro nos pés.
Então os anjos perguntaram: «Mulher, por que você está chorando?» Ela
respondeu: «Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o colocaram.»
Depois
de dizer isso, Maria virou-se e viu Jesus de pé; mas não sabia que era Jesus. E
Jesus perguntou: «Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está
procurando?» Maria pensou que fosse o jardineiro, e disse: «Se foi o senhor que
levou Jesus, diga-me onde o colocou, e eu irei buscá-lo.» Então Jesus disse:
«Maria.» Ela virou-se e exclamou em hebraico: «Rabuni!» (que quer dizer:
Mestre). Jesus disse: «Não me segure, porque ainda não voltei para o Pai. Mas
vá dizer aos meus irmãos: ‘Subo para junto do meu Pai, que é Pai de vocês, do
meu Deus, que é o Deus de vocês.’ «Então Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos:
«Eu vi o Senhor.» E contou o que Jesus tinha dito. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós Senhor.
(Momento de silêncio. Após alguns instantes
pode-se fazer uma pequena partilha a respeito do evangelho e das sete ameaças
ou medos)
Animador: Jesus nos chama pelo nome, como chamou Maria. Ele nos
retira das trevas, do medo e do desespero. Com Jesus ressuscitamos e somos
enviados para levar a boa notícia aos nossos irmãos e irmãs. Convido cada um a
pegar um cartão e acolher a pessoa cujo nome está no verso. Vamos relembrar o
chamado de Jesus chamando a pessoa pelo seu nome.
Animador: Acolhidos e
animados pelo Senhor Jesus vamos caminhar juntos, cantando na alegria do
Ressuscitado.
(Caminhar para o outro ambiente cantando)
O Senhor ressurgiu, aleluia, aleluia! É
o Cordeiro Pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia! É o
Cristo, o Senhor, ele vive e venceu, aleluia!
1.
O Cristo, Senhor ressuscitou / A nossa esperança realizou / Vencida a morte
para sempre / Triunfa a vida eternamente!
2.
O Cristo remiu a seus irmãos / Ao Pai os conduziu por sua mão / No Espírito
Santo unida esteja / A família de Deus, que é a Igreja!
3.
O Cristo, nossa Páscoa, se imolou / Seu sangue da morte nos livrou / Incólumes
o mar atravessamos / E à Terra prometida caminhamos!
Segundo Momento::
Reconhecer o pecado e acolher a misericórdia de Deus
Quais as tentações e perigos nos
rodeiam?
Ambiente: Bacia preparada com água. Lugar pra
colocar o Círio Pascal, a Bíblia e o candelabro.
(Depois da reflexão sobre cada ponto
apagar uma vela e cobrir com um pano com uma das tentações)
Animador: O Senhor Ressuscitado nos anima, afasta o medo e nos
envia em missão. Ao assumirmos a missão de discípulos missionários somos
provados. É preciso reconhecer nossas quedas e reforçar nosso compromisso de
fidelidade ao Senhor.
1. Dinheiro como ídolo
Animador: Neste segundo momento vamos refletir sobre as
tentações que rondam o discípulo missionário. A primeira tentação é a aceitação
pacifica do domínio do dinheiro sobre nós e as nossas sociedades.
Leitor 1: A crise financeira que atravessamos faz-nos esquecer
que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia
do ser humano. Criamos novos ídolos.
Leitor 2: Os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da
maioria estão longe do bem-estar daquela minoria feliz. As ideologias que
defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira causam o
desequilíbrio.
Leitor 3: A tudo isto vem juntar-se uma corrupção ramificada e
uma evasão fiscal egoísta, que assumiram dimensões mundiais. A ambição do poder
e do ter não conhece limites.
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misericórdia. (bis)
2. Dinheiro que governa
Animador: O fato de assumir o dinheiro como ídolo esconde a
rejeição da ética e a recusa de Deus.
Leitor 1: A rejeição de Deus acontece porque Ele é
incontrolável, não manipulável e até mesmo perigoso, na medida em que chama o
ser humano à sua plena realização e à independência de qualquer tipo de
escravidão.
Leitor 2: Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens
é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que são
roubados.
Leitor 3: Uma reforma financeira que tivesse em conta a ética
exigiria uma vigorosa mudança de atitudes por parte dos dirigentes políticos, a
quem exorto a enfrentar este desafio com determinação e clarividência, sem
esquecer naturalmente a especificidade de cada contexto. O dinheiro deve
servir, e não governar!
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misecricordia. (bis)
3. Acedia egoísta
Animador: O Papa nos fala da acedia egoísta. Acedia quer dizer
enfraquecimento da vontade, inércia, tibieza, preguiça. Isso acontece com
muitos cristãos que temem que alguém os convide a realizar alguma tarefa
apostólica e procuram fugir de qualquer compromisso que lhes possa roubar o
tempo livre.
Leitor 1: As pessoas sentem imperiosamente necessidade de
preservar os seus espaços de autonomia, como se uma tarefa de evangelização
fosse um veneno perigoso e não uma resposta alegre ao amor de Deus que nos
convoca para a missão e nos torna completos e fecundos.
Leitor 2: Algo parecido acontece com os sacerdotes que se
preocupam obsessivamente com o seu tempo pessoal. O problema não está sempre no
excesso de atividades, mas sobretudo nas atividades mal vividas, sem as
motivações adequadas, sem uma espiritualidade que impregne a ação e a torne
desejável.
Leitor 3: Daí que as obrigações cansem mais do que é razoável, e
às vezes façam adoecer. Não se trata duma fadiga feliz, mas tensa, gravosa,
desagradável e, em definitivo, não assumida.
Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização!
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misecricordia. (bis)
4. Pessimismo estéril
Animador: A alegria do Evangelho é tal que nada e ninguém no-la
poderá tirar. Os males do nosso mundo – e os da Igreja – não deveriam servir
como desculpa para reduzir a nossa entrega e o nosso ardor. Vejamo-los como
desafios para crescer.
Leitor 1: A nossa fé é desafiada a entrever o vinho em que a
água pode ser transformada, e a descobrir o trigo que cresce no meio do joio. Uma das tentações mais sérias que sufoca o
fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas
lamurientos e desencantados com cara de vinagre.
Leitor 2: É verdade que,
nalguns lugares, se produziu uma «desertificação» espiritual, fruto do projecto
de sociedades que querem construir sem Deus ou que destroem as suas raízes
cristãs. Mas «é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste
vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para
nós, homens e mulheres
Leitor 3: Somos chamados a ser pessoas-cântaro para dar de beber
aos outros. Às vezes o cântaro transforma-se numa pesada cruz, mas foi
precisamente na Cruz que o Senhor, trespassado, Se nos entregou como fonte de
água viva. Não deixemos que nos roubem a esperança!
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misecricordia. (bis)
5. Mundanismo espiritual
Animador: O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de
aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da
glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal.
Leitor 1: É uma maneira subtil de procurar «os próprios
interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2, 21). Reveste-se de muitas
formas, de acordo com o tipo de pessoas e situações em que penetra.
Leitor 2: Este mundanismo pode alimentar-se sobretudo de duas
maneiras profundamente relacionadas: uma fé fechada no subjetivismo, ou uma fé
que só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por ser
irredutivelmente fiel a um certo estilo católico próprio do passado.
Leitor 3: Este obscuro mundanismo manifesta-se em muitas
atitudes, aparentemente opostas mas com a mesma pretensão de «dominar o espaço
da Igreja».
Leitor 1: Neste contexto, alimenta-se a vanglória de quantos se
contentam com ter algum poder e preferem ser generais de exércitos derrotados
antes que simples soldados dum batalhão que continua a lutar.
Leitor 2: Assim negamos a nossa história de Igreja, que é
gloriosa por ser história de sacrifícios, de esperança, de luta diária, de vida
gasta no serviço, de constância no trabalho fadigoso, porque todo o trabalho é
«suor do nosso rosto».
Leitor 3: Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes
espirituais ou pastorais! Este mundanismo asfixiante cura-se saboreando o ar
puro do Espírito Santo, que nos liberta de estarmos centrados em nós mesmos,
escondidos numa aparência religiosa vazia de Deus. Não deixemos que nos roubem
o Evangelho!
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misecricordia. (bis)
6. Guerra entre nós.
Animador: O mundanismo espiritual leva alguns cristãos a estar
em guerra com outros cristãos que se interpõem na sua busca pelo poder,
prestígio, prazer ou segurança econômica.
Leitor 1: O mundo está dilacerado pelas guerras e a violência,
ou ferido por um generalizado individualismo que divide os seres humanos e
põe-nos uns contra os outros visando o próprio bem-estar.
Leitor 2: Em algumas comunidades cristãs, e mesmo entre pessoas
consagradas, se dá espaço a várias formas de ódio, divisão, calúnia, difamação,
vingança, ciúme. Quem queremos evangelizar com estes comportamentos?
Leitor 3: Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a lei do
amor. Como nos faz bem, apesar de tudo amar-nos uns aos outros! Sim, apesar de
tudo! A cada um de nós é dirigida a exortação de Paulo: «Não te deixes vencer
pelo mal, mas vence o mal com o bem» (Rm 12, 21). E ainda: «Não nos cansemos de
fazer o bem» (Gal 6, 9).
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misecricordia. (bis)
7. Poder x serviço
Animador: As reivindicações dos legítimos direitos das mulheres,
a partir da firme convicção de que homens e mulheres têm a mesma dignidade,
colocam à Igreja questões profundas que a desafiam.
Leitor 1: O sacerdócio reservado aos homens, como sinal de
Cristo Esposo que Se entrega na Eucaristia, é uma questão que não se põe em
discussão, mas pode tornar-se particularmente controversa se se identifica
demasiado a potestade sacramental com o poder.
Leitor 2: Não se esqueça que, quando falamos da potestade
sacerdotal, «estamos na esfera da função e não na da dignidade e da
santidade».[73] O sacerdócio ministerial é um dos meios que Jesus utiliza ao
serviço do seu povo, mas a grande dignidade vem do Baptismo, que é acessível a
todos.
Leitor 3: Na Igreja, as funções «não dão justificação à
superioridade de uns sobre os outros». Mesmo quando a função do sacerdócio
ministerial é considerada «hierárquica», há que ter bem presente que «se ordena
integralmente à santidade dos membros do corpo místico de Cristo».
(Alguém apaga uma das velas do candelabro)
Todos: (cantando): Misericórdia
Senhor, Misericórdia. Misecricordia. (bis)
1.
Senhor escuta o lamento. E tem de nós compaixão. Ao povo dá novo alento, a Tua
graça e o perdão.
Animador: Faremos agora um momento penitencial, já recordamos
nosso chamado, Jesus nos chama pelo nome para sermos seus discípulos missionários.
Fomos lembrados dos perigos e tentações a que estamos submetidos. Reconhecendo
nossas fraquezas vamos nos confiar à misericórdia do Pai.
(Pode-se delegar esta parte a outra pessoa ou
o Animador mesmo conduz. Coloca-se o Círio na vasilha com água. Reza-se a
oração de benção sobre a água. Aspersão e oração de absolvição)
Presidente: (Colocando o
Círio na vasilha com água) Senhor
nosso Deus, velai sobre o vosso povo e dignai-vos abençoar esta água. Fostes
vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer
nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela
libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede. Por
ela os profetas anunciaram a vossa aliança, que era vosso desejo concluir com a
humanidade. Por ela, finalmente, consagrada pelo Cristo no Jordão, renovastes,
pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja
para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos
que foram batizados na Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
(Enquanto o presidente faz a aspersão pode-se
cantar)
Todos: Banhados em Cristo somos uma nova
criatura. As coisas antigas já se passaram. Somos nascidos de novo. Aleluia,
aleluia, aleluia.
Presidente: (Terminada a
aspersão, após um breve silêncio o presidente reza:) Deus de bondade e misericórdia nos purifique do pecado e, pela celebração
dos Mistérios Pascais, nos torne dignos de participar na mesa do seu reino.
Todos: Amém.
Animador: Perdoados pelo Pai de bondade e misericórdia
continuemos nossa caminhada de Discípulos e Missionários.
(Leva-se para o outro ambiente o Círio Pascal,
o candelabro com as velas apagadas e a Bíblia. Caminhando para o outro ambiente
pode-se cantar)
1.
se conhecesses o dom de Deus, Quem é que te diz: dá-me de beber, És tu que lhe
pedirias e ele te daria D'água viva, sempre a correr!
Senhor, dá-me de beber, Vem e me sacia,
Em tua fonte viva! Senhor, dá-me de beber, Vem e me sacia, Nesta santa
eucaristia!
2.
quem crê em mim, dentro de si, terá, Meu espírito santo, fonte a jorrar, Um rio
de água viva, capaz de saciar, A sua sede, sede de deus!
Terceiro Momento:
Ressuscitados com Cristo, ser Luz como Discípulos e Missionários.
Ambiente:
Deixar preparado no ambiente tantas velas quantos são os participantes.
E lugar para o Círio, a Bíblia e o candelabro.
A cada ponto refletido troca-se a vela
apagada no candelabro por outra acesa no círio. Ou pode-se apenas acender
novamente cada vela no círio.
Animador: Vencido o medo, fomos chamados pelo nome; reconhecidas
as tentações e pecados, fomos perdoados pela misericórdia de Deus, Somos
convidados a responder o chamado do Senhor com maior animo e entusiasmo.
1. Espiritualidade Missionária
Animador: O
Papa Francisco diz que sente uma enorme gratidão pela tarefa de quantos
trabalham na Igreja. Agradeçe o belo exemplo que dão tantos cristãos que
oferecem a sua vida e o seu tempo com alegria.
Leitor 1: Hoje nota-se em
muitos agentes pastorais, mesmo pessoas consagradas, uma preocupação exacerbada
pelos espaços pessoais de autonomia e relaxamento, que leva a viver os próprios
deveres como mero apêndice da vida, como se não fizessem parte da própria
identidade.
Leitor 2: Agentes pastorais desenvolvem uma espécie de complexo
de inferioridade que os leva a relativizar ou esconder a sua identidade cristã
e as suas convicções. Não se sentem felizes com o que são nem com o que fazem,
não se sentem identificados com a missão evangelizadora, e isto debilita a entrega.
Leitor 3: Há um relativismo ainda mais perigoso que o doutrinal.
Tem a ver com as opções mais profundas e sinceras que determinam uma forma de
vida concreta: agir como se Deus não existisse, decidir como se os pobres não
existissem, sonhar como se os outros não existissem, trabalhar como se aqueles
que não receberam o anúncio não existissem. Não nos deixemos roubar o
entusiasmo missionário!
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
2. Novas relações geradas por Jesus.
Animador: Neste tempo em que as redes e demais instrumentos da
comunicação humana alcançaram progressos inauditos, sentimos o desafio de
descobrir e transmitir a «mística» de viver juntos, misturar-nos,
encontrar-nos, dar o braço, apoiar-nos.
Leitor 1: As maiores possibilidades de comunicação
traduzir-se-ão em novas oportunidades de encontro e solidariedade entre todos.
Sair de si mesmo para se unir aos outros faz bem.
Leitor 2: O Evangelho convida-nos sempre a abraçar o risco do
encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que interpela, com o
seu sofrimentos e suas reivindicações, com a sua alegria contagiosa
permanecendo lado a lado.
Leitor 3: O isolamento,
que é uma concretização do imanentismo, pode exprimir-se numa falsa autonomia
que exclui Deus, mas pode também encontrar na religião uma forma de consumismo
espiritual à medida do próprio individualismo doentio.
Leitor 1: As formas próprias da religiosidade popular são
encarnadas, porque brotaram da encarnação da fé cristã numa cultura popular.
Por isso mesmo, incluem uma relação pessoal, não com energias harmonizadoras,
mas com Deus, Jesus Cristo, Maria, um Santo. Têm carne, têm rostos. Estão aptas
para alimentar potencialidades relacionais e não tanto fugas individualistas.
Leitor 2: Um desafio importante é mostrar que a solução nunca
consistirá em escapar de uma relação pessoal e comprometida com Deus, que ao
mesmo tempo nos comprometa com os outros.
Leitor 3: Melhor ainda, trata-se de aprender a descobrir Jesus
no rosto dos outros, na sua voz, nas suas reivindicações; e aprender também a
sofrer, num abraço com Jesus crucificado, quando recebemos agressões injustas
ou ingratidões, sem nos cansarmos jamais de optar pela fraternidade.
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
3. Inculturação da fé/ olhar do
discípulo
Animador: O substrato cristão dalguns povos é uma realidade viva. Aqui encontramos,
especialmente nos mais necessitados, uma reserva moral que guarda valores de
autêntico humanismo cristão.
Leitor 1: Uma cultura popular evangelizada contém valores de fé
e solidariedade que podem provocar o desenvolvimento duma sociedade mais justa
e crente, e possui uma sabedoria peculiar que devemos saber reconhecer com
olhar agradecido.
Leitor 2: Há uma
necessidade imperiosa de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho.
Toda a cultura e todo o grupo social necessitam de purificação e
amadurecimento.
Leitor 3: No caso das culturas populares de povos católicos,
podemos reconhecer algumas fragilidades que precisam ainda de ser curadas pelo
Evangelho: o machismo, o alcoolismo, a violência doméstica, uma escassa
participação na Eucaristia, crenças fatalistas ou supersticiosas que levam a
recorrer à bruxaria, etc. Mas o melhor ponto de partida para curar e ver-se
livre de tais fragilidades é precisamente a piedade popular.
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
4. Leigos
Animador: A imensa maioria do povo de Deus é constituída por
leigos. Cresceu a consciência da
identidade e da missão dos leigos na Igreja. Pode-se contar com um numeroso
laicato, dotado de um arraigado sentido de comunidade e uma grande fidelidade
ao compromisso da caridade, da catequese, da celebração da fé.
Leitor 1: A tomada de consciência desta responsabilidade laical
que nasce do Batismo e da Confirmação não se manifesta de igual modo em toda a
parte; nalguns casos, porque não se formaram para assumir responsabilidades
importantes, noutros por não encontrar espaço nas suas Igrejas particulares
para poderem exprimir-se e agir por causa dum excessivo clericalismo que os
mantém à margem das decisões.
Leitor 2: Apesar de se notar uma maior participação de muitos
nos ministérios laicais, este compromisso não se reflete na penetração dos
valores cristãos no mundo social, político e econômico; limita-se muitas vezes
às tarefas no seio da Igreja, sem um empenhamento real pela aplicação do
Evangelho na transformação da sociedade.
Leitor 3: A formação dos leigos e a evangelização das categorias
profissionais e intelectuais constituem um importante desafio pastoral.
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
5. Mulher
Animador: A Igreja reconhece a indispensável contribuição da
mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades
peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos homens.
Leitor 1: Por exemplo, a especial solicitude feminina pelos
outros, que se exprime de modo particular, mas não exclusivamente, na
maternidade.
Leitor 2: Muitas mulheres partilham responsabilidades pastorais juntamente
com os sacerdotes, contribuem para o acompanhamento de pessoas, famílias ou
grupos e prestam novas contribuições para a reflexão teológica.
Leitor 3: Mas ainda é preciso ampliar os espaços para uma
presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque o gênio feminino é necessário
em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença
das mulheres também no âmbito do trabalho e nos vários lugares onde se tomam as
decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais.
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
6. Jovens
Animador: A pastoral com os jovens sofreu o impacto das mudanças
sociais. Nas estruturas ordinárias, os jovens habitualmente não encontram
respostas para as suas preocupações, necessidades, problemas e feridas.
Leitor 1: É preciso ouvi-los com paciência, compreender as suas
preocupações ou as suas reivindicações, e aprender a falar-lhes na linguagem
que eles entendem.
Leitor 2: Embora nem sempre seja fácil abordar os jovens, houve
crescimento em dois aspectos: a consciência de que toda a comunidade os
evangeliza e educa, e a urgência de que eles tenham um protagonismo maior.
Leitor 3: São muitos os jovens que se solidarizam contra os
males do mundo, aderindo a várias formas de militância e voluntariado. Alguns
participam na vida da Igreja, integram grupos de serviço e diferentes
iniciativas missionárias nas suas próprias dioceses ou noutros lugares. Como é
bom que os jovens sejam «caminheiros da fé», felizes por levarem Jesus Cristo a
cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
7. Vocações
Animador: Em muitos lugares, há escassez de vocações ao
sacerdócio e à vida consagrada. Há uma falta de ardor apostólico contagioso nas
comunidades, pelo que, estas não entusiasmam nem fascinam.
Leitor 1: Mesmo em paróquias onde os sacerdotes não são muito
disponíveis nem alegres, é a vida fraterna e fervorosa da comunidade que
desperta o desejo de se consagrar inteiramente a Deus e à evangelização,
especialmente se essa comunidade vivente reza insistentemente pelas vocações e
tem a coragem de propor aos seus jovens um caminho de especial consagração.
Leitor 2: Apesar da escassez de vocações não se pode abrir mão
de uma melhor seleção dos candidatos ao sacerdócio.
Leitor 3: Não se podem encher os seminários com qualquer tipo de
motivações, e menos ainda se estas estão relacionadas com insegurança afetiva,
busca de formas de poder, glória humana ou bem-estar econômico.
(Alguém acende uma nova vela e troca com a
apagada no círio, ou acende uma das velas apagadas.)
Todos: (cantando) É missão de todos nós. Deus nos chama quero ouvir a sua voz. (bis)
Animador: O caminho é longo, é preciso renovar nosso ardor
missionário, nosso amor pela evangelização. Vamos ouvir a Palavra de Deus, onde
Jesus mais uma vez nos convida com Pedro a confirmar nosso amor por ele
apascentando Suas ovelhas.
Todos: (Cantando) Aleluia!
Aleluia! Aleluia! Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (Bis)
Rendei
Graças ao Senhor: Que seu amor é sem fim! Diga o povo de Israel: Que seu amor é
sem fim! Digam os seus sacerdotes: Que seu amor é sem fim! Digam todos os que o
temem: Que seu amor é sem fim!
Leitura do Evangelho de São João
(João
21, 15-19)
Leitor 5: Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro:
«Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros?» Pedro respondeu:
«Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.» Jesus disse: «Cuide dos meus cordeiros.»
16 Jesus perguntou de novo a Pedro: «Simão, filho de João, você me ama?» Pedro
respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.» Jesus disse: «Tome conta das
minhas ovelhas.» 17 Pela terceira vez Jesus perguntou a Pedro: «Simão, filho de
João, você me ama?» Então Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes
se ele o amava. Disse a Jesus: «Senhor, tu conheces tudo, e sabes que eu te
amo.» Jesus disse: «Cuide das minhas ovelhas. 18 Eu garanto a você: quando você
era mais moço, você colocava o cinto e ia para onde queria. Quando você ficar
mais velho, estenderá as suas mãos, e outro colocará o cinto em você e o levará
para onde você não quer ir.» 19 Jesus falou isso aludindo ao tipo de morte com
que Pedro iria glorificar a Deus. E Jesus acrescentou: «Siga-me.» Palavra da
Salvação.
Todos: Glória a Vós, Senhor.
(Momento de silêncio. Após alguns instantes
pode-se fazer uma pequena partilha a respeito do evangelho e das sete
indicações para o caminho.)
Animador: Neste nosso encontro pudemos ouvir o Papa e conversar
um pouco sobre a realidade em que estamos inseridos, os perigos, tentações,
medos e também as alegrias e motivações que temos como Discípulos Missionários.
Leitor 1:. O Papa Francisco disse que não pretendia oferecer um
diagnóstico completo da realidade. Ele convida-nos a completar e a enriquecer
estas perspectivas a partir da consciência dos desafios que experimentamos na
caminhada.
Leitor 2: Todas as vezes que tentamos ler os sinais dos tempos
na realidade atual, é conveniente ouvir os jovens e os idosos. Tanto uns como
outros são a esperança dos povos.
Leitor 3: Os idosos fornecem a memória e a sabedoria da
experiência, que convida a não repetir tontamente os mesmos erros do passado.
Leitor 4: Os jovens chamam-nos a despertar e a aumentar a
esperança, porque trazem consigo as novas tendências da humanidade e abrem-nos
ao futuro, de modo que não fiquemos encalhados na nostalgia de estruturas e
costumes que já não são fonte de vida no mundo atual.
Leitor 5: Os desafios existem para ser superados. Sejamos
realistas, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de
esperança. Não deixemos que nos roubem a força missionária!
Animador: Encerrando este pequeno percurso vamos fazer um gesto
que represente de modo simples o que vamos fazer como Discípulos Missionários:
levar a Luz do Senhor a todas as pessoas, apascentar as ovelhas do Senhor.
Convido algumas pessoas a iniciarem o gesto pegando as velas,acendendo-as no
Círio Pascal e entregando-as a outras pessoas. Estas pessoas que receberam as
velas vão pegar novas velas e fazer o gesto com outras pessoas. Enquanto isso
cantemos.
(Algumas pessoas acendem velas e as entregam
para outras pessoas lembrando o sentido de levar a luz aos outros e apascentar
as ovelhas do Senhor. Estas pessoas, por sua vez, pegam novas velas e fazem o
mesmo.)
1.
Tu anseias, eu bem sei, por salvação, tens desejo de banir a escuridão abre,
pois de par em par teu coração e deixa a luz do céu entrar
Deixa a luz do céu entrar, Deixa a Luz
do céu entrar. Abre bem as portas do teu
coração e deixa a luz do céu entrar
2.
Cristo a luz do céu, em ti quer habitar para as trevas do pecado dissipar, teu
caminho e coração iluminar e deixa a luz do céu entrar
3.
Que alegria andar ao brilho dessa luz vida eterna e paz no coração produz Oh!
Aceita agora o salvador Jesus e deixa a luz do céu entrar
(Quando todos tiverem aceso suas velas
faz-se a oração final)
Oração Final
Animador: Preparados, com a luz do Senhor acesa nas mãos e no
coração façamos ao Pai nossos pedidos.
(Preces livres e espontâneas. Após cada prece
pode-se candar)
Todos: A
Igreja vos pede ó Pai. Senhor nossa prece escutai.
Animador: Vamos encerrar nossas preces com a oração do Senhor.
Todos: Pai Nosso....
Presidente: O Senhor vos abençoe e vos guarde.
Todos: Amém
Presidente:O Senhor vos mostre a sua face e se compadeça de vós.
Todos: Amém
Presidente:O Senhor volte seu rosto para vós e vos dê a paz.
Todos: Amém
Presidente:Abençoe-vos, Deus de Bondade e
Misericórdia, Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém
Canto Final:
Nasceu
o sol, lindo arrebol, manhã de luz, porque Jesus / venceu a morte, nos deu uma
nova vida/Jesus ressuscitou!
Vê
o jardim / como floriu/ aquela flor desabrochou / E nos olhares brotou a
esperança / Jesus ressuscitou!
Aleluia/ Aleluia / Aleluia /Aleluia /
Nós temos Vida nova no Amor! (bis)
Todos os
textos usados neste subsídio foram retirados da Exortação do Papa Francisco
Evangelii Gaudium e da Bíblia.