Celebração Penitencial Para o Clero em
Preparação para as Confissões
(Sugestão para ser feita no primeiro dia do
mutirão de confissões)
Ambiente: preparar um lugar para a
Palavra de Deus, uma vasilha de vidro transparente, pedras pequenas num número
correspondente ao número de padres que irão participar, Jarro com água e o
círio Pascal.
1. Acolhida
Acolher os padres que chegarem com
alegria e entregar a cada uma pedra.
2. Oração
inicial
Canto:Salmo
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Piedade,
Ó Senhor, Tende piedade, Pois pecamos contra vós!
1. Tende piedade, / Ó meu Deus,
misericórdia! / Na imensidão de vosso amor, purificai-me! / Do meu pecado, todo
inteiro, me lavai / E apagai completamente a minha culpa.
2. Eu reconheço toda a minha iniquidade,
/ O meu pecado está sempre à minha frente, / Foi contra vós, só contra vós que
eu pequei / E pratiquei o que é mau aos vosso olhos!
3. Criai em mim um coração que seja
puro, / Dai-me de novo um espírito decidido. / Ó Senhor, não me afasteis de
vossa face / Nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
4. Dai-me de novo a alegria de ser salvo
/ E confirmai-me com espírito generoso! / Abri meus lábios, ó Senhor, para
cantar / E minha boca anunciará vosso louvor!
Invocação da Santíssima Trindade:
Canto:
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos
aqui. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar. Estamos aqui Senhor a Teu
dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar, te aclamar Senhor, Deus
Trino de amor.
Palavra
de Deus (primeira carta de São Pedro 5, 1-4)
1 Faço uma admoestação aos presbíteros
que estão entre vocês, eu que sou presbítero como eles, testemunha dos
sofrimentos de Cristo e participante da glória que vai ser revelada: 2 cuidem
do rebanho de Deus que lhes foi confiado, não por imposição, mas de livre e espontânea
vontade, como Deus o quer; não por causa de lucro sujo, mas com generosidade; 3
não como donos daqueles que lhes foram confiados, mas como modelos para o
rebanho. 4 Desse modo, quando aparecer o supremo Pastor, vocês receberão a
coroa de glória que não murcha. Palavra da Salvação.
Dirigente: Reconhecendo
nossas limitações vamos colocar nesta vasilha as pedras que recebemos,
lembrando-nos de tudo que vai enchendo nosso coração e nossa vida impedindo que
a graça de Deus habite em nós. Cada um pode colocar sua pedra e, se quiser,
pode falar sobre as ‘pedras’ que tem experimentado no exercício do ministério
presbiteral.
(Após todos terem colocado as pedras
faz-se a leitura do exame de consciência do presbítero)
2. Exame de
consciência
1.
«Santifico-me por eles para que também eles sejam santifi cados pela verdade»
(Jo. 17,19)
Proponho-me
seriamente à santidade em meu ministério? Estou convencido de que a fecundidade
do meu ministério sacerdotal vem de Deus e que, com a graça do Espírito Santo,
devo identificar-me com Cristo e dar a minha vida pela salvação do mundo?
2.
«Isto é o meu Corpo» (Mt. 26,26)
O
Santo Sacrifício da Missa é o centro da minha vida interior? Preparo-me bem,
celebro devotamente e, depois, me recolho em ação de graças? A Missa constitui
o ponto de referência habitual em minha jornada para louvar a Deus, agradecê-lo
pelos seus benefícios, recorrer à sua benevolência e reparar pelos meus pecados
e pelos de todos os homens?
3.
«O zelo pela tua casa me devora» (Jo. 2,17)
Celebro
a Missa segundo os ritos e as normas estabelecidas, com autêntica motivação,
com os livros litúrgicos aprovados? Estou atento às sagradas espécies
conservadas no Sacrário, renovando-as periodicamente? Conservo os vasos
sagrados com atenção? Uso dignamente todas as vestes sagradas previstas pela
Igreja, tendo presente que atuo in persona Christi Capitis?
4.
«Permanecei em meu amor» (Jo. 15,9)
Causa-me
alegria permanecer diante de Jesus Cristo presente no Santíssimo Sacramento, em
minha meditação e silenciosa adoração? Sou fiel à visita diária ao Santíssimo
Sacramento? O meu tesouro é o Sacrário?
5.
«Explica-nos a parábola» (Mt. 13,36)
Faço
diariamente a minha meditação, com atenção e procurando superar qualquer tipo
de distração que me separe de Deus, buscando a luz do Senhor, a quem sirvo?
Medito assiduamente a Sagrada Escritura? Recito atentamente as minhas orações
habituais?
6.
É necessário «orar sempre, sem desfalecer» (Lc. 18,1)
Celebro
quotidianamente a Liturgia das Horas integralmente, dignamente, atentamente e
devotamente? Sou fi el ao meu compromisso com Cristo nesta dimensão importante
do meu ministério, orando em nome de toda a Igreja?
7.
«Vem e segue-me» (Mt. 19,21)
Nosso
Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro amor da minha vida? Observo com alegria meu
compromisso de amor a Deus na continência celibatária? Detive-me
conscientemente em pensamentos, desejos ou atos impuros; tive conversas
inconvenientes? Coloquei-me em ocasião próxima de pecado contra a castidade?
Procuro guardar a vista? Fui imprudente ao tratar as diversas categorias de
pessoas? A minha vida representa, para os fiéis, um testemunho do fato de que a
pureza é possível, fecunda e alegre?
8.
«Quem tu és?» (Jo. 1,20)
Encontro
elementos de fraqueza, preguiça e fragilidade em minha conduta habitual? As
minhas conversas estão de acordo com o sentido humano e sobrenatural que um
sacerdote deve ter? Estou atento para que não se introduzam em minha vida
elementos superfi ciais ou frívolos? Sou coerente, em todas as minhas ações,
com a minha condição de sacerdote?
9.
«O Filho do homem não há onde repousar a cabeça» (Mt. 8,20)
Amo
a pobreza cristã? Coloco meu coração em Deus e sou desapegado, interiormente,
de todo o resto? Estou disposto a renunciar, para melhor servir a Deus, às
minhas comodidades atuais, aos meus projetos pessoais, aos meus afetos
legítimos? Possuo coisas supérfl uas, fiz gastos desnecessários ou me deixo
levar pela ânsia do comodismo? Faço o possível para viver os momentos de
repouso e de férias na presença de Deus, recordando que sou sacerdote sempre e
em todo lugar, também nestes momentos?
10.
«Escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos»
(Mt. 11,25)
Existem
em minha vida pecados de soberba: dificuldades interiores, suscetibilidade,
irritação, resistência a perdoar, tendência ao desencorajamento, etc.? Peço a
Deus a virtude da humildade?
11.
«Imediatamente, saiu sangue e água» (Jo. 19, 34)
Tenho
a convicção de que, ao agir « na pessoa de Cristo », sou diretamente envolvido
no próprio Corpo de Cristo, a Igreja? Posso dizer sinceramente que amo a Igreja
e que sirvo com alegria ao seu crescimento, as suas causas, cada um de seus
membros e toda a humanidade?
12.
«Tu és Pedro» (Mt. 16,18)
Nihil
sine episcopo – nada sem o bispo – dizia Santo Inácio de Antioquia: estas
palavras são a base do meu ministério sacerdotal? Recebi docilmente as
indicações, conselhos ou correções do meu Ordinário? Rezo especialmente pelo
Santo Padre, em plena união com os seus ensinamentos e intenções?
13.
«Amai-vos uns aos outros» (Jo. 13,34)
Tenho
vivido com diligência a caridade ao tratar com os meus irmãos sacerdotes ou, ao
contrário, desinteresso-me deles por egoísmo, apatia ou frieza? Tenho criticado
os meus irmãos no sacerdócio? Tenho estado junto daqueles que sofrem pela
enfermidade física ou pelas dores morais? Vivo a fraternidade afi m de que
ninguém esteja só? Trato todos os meus irmãos sacerdotes e também aos fi éis
leigos com a mesma caridade e paciência de Cristo?
14.
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo. 14,6)
Conheço
profundamente os ensinamentos da Igreja? Os assimilo e transmito fielmente? Sou
consciente de que ensinar o que não corresponde ao Magistério, solene ou
ordinário, é um grave abuso, que causa dano às almas?
15.
«Vai e não tornes a pecar» (Jo. 8,11)
O
anúncio da Palavra de Deus leva os fi éis aos sacramentos. Confessome com
regularidade e com freqüência, de acordo com o meu estado e com as coisas
santas que trato? Celebro generosamente o sacramento da reconciliação? Sou
amplamente disponível à direção espiritual dos fiéis, dedicando a isto um tempo
específi co? Preparo com desvelo a minha pregação e a minha catequese? Prego
com zelo e com amor de Deus?
16.
«Chamou os que ele quis. E foram a ele.» (Mc. 3,13)
Estou
atento a descobrir os sinais das vocações ao sacerdócio e à vida consagrada?
Preocupo-me em difundir entre todos os fi éis uma maior consciência da chamada
universal à santidade? Peço aos fi éis para que rezem pelas vocações e pela
santificação do clero?
17.
«O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir» (Mt. 20,28)
Tenho
procurado doar-me aos outros na vida de cada dia, servindo evangelicamente?
Manifesto a caridade do Senhor através de minhas obras? Na Cruz , vejo a
presença de Jesus Cristo e o triunfo do amor? Dou ao meu dia-a-dia a marca do
espírito de serviço? Considero o exercício da autoridade ligada ao ofício uma
forma imprescindível de serviço?
18.
«Tenho sede» (Jo. 19,28)
Tenho
efetivamente rezado e me sacrificado com generosidade pelas almas que Deus me
confiou? Cumpro os meus deveres pastorais? Tenho solicitude pelas almas dos
fiéis defuntos?
19.
«Eis o teu filho. Eis a tua mãe» (Jo. 19,26-27)
Acudo
cheio de esperança à Santíssima Virgem Maria, Mãe dos sacerdotes, para amar e
fazer com que amem mais ao seu Filho Jesus? Cultivo a piedade mariana? Reservo
um espaço a cada dia para o Santo Rosário? Recorro à sua materna intercessão na
luta contra o demônio, a concupiscência e o mundanismo?
20.
«Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito» (Lc. 23,44)
Sou
solícito em assistir e administrar os sacramentos aos moribundos? Considero a
doutrina da Igreja sobre os Novíssimos em minha meditação pessoal, na catequese
e na pregação ordinária? Peço a graça da perseverança final e convido os fiéis
a fazerem o mesmo? Sufrago freqüente e devotamente as almas dos fiéis defuntos?
4. Aspersão
(após a leitura do
exame de consciência quem está dirigindo toma a jarra com água e despeja na
vasilha até completar)
Dirigente: Neste momento
vamos reconhecer nossas faltas em relação a Deus, ao Povo a nós confiado é a
Igreja de Cristo. Num gesto simbólico cada um retira uma pedra e faz seu pedido
de perdão. A cada três pessoas vamos cantar:
Canto: Misericórdia, Senhor, Misericórdia. Misericórdia.
(Depois que todos tiverem retirado as pedras, quem preside
completa a água da vasilha que faltou e pode dizer algo parecido com o que
segue:)
Dirigente: Senhor Deus de Bondade que vossa graça e
vossa misericórdia possam completar em nossa vida e em nosso serviço
presbiteral o que deixamos faltar por causa de nossas limitações, atos ou
omissões. Por vossa bondade dignai-vos abençoar e santificar esta água que seja
sinal de vosso amor que nos purifica de
nossos pecados e nos dá a Paz.Amém
Dirigente: Reconhecendo a
misericórdia de Deus e nossos pecados e faltas vamos nos persignar com esta
água abençoada.
Canto:
1. Muito alegre eu Ti
pedi o que era meu, partir! Um sonho tão normal. Dissipei meus bens, o coração
também. No fim, meu mundo era irreal.
Confiei no Teu amor e voltei. Sim aqui é o meu lugar! Eu gastei Teus
bens ó Pai e Te dou, este pranto em minhas mãos.
2. Mil amigos conheci
disseram adeus. Caiu a solidão em mim. Um patrão cruel levou-me a refletir: meu
Pai não trata um servo assim!
3. Nem deixaste-me
falar da ingratidão; morreu no abraço, o mal que eu fiz. Festa, roupa nova,
anel, sandálias aos pés; voltei à vida, sou feliz.
Oração Final:
Dirigente: A paixão de
nosso Senhor Jesus Cristo, a intercessão da Santíssima Virgem Maria e de todos
os Santos, o bem que fizermos e o mal que suportarmos, tudo nos aproveite para
remissão dos pecados, aumento da graça e penhor da vida eterna. Permaneçamos em
Paz, Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. R: Amém